sábado, 24 de outubro de 2009

Sobre como sucedeu o nascimento de mui cara nativa em terras tropicais, posteriormente chamada pelo homem ruim - os brancos saídos do mar - de “novo mundo”

No bojo da virgem mata
Esplêndida de vigor e beleza
A boiguaçu corre mansa pelo boiubu
Precipitando o rebento
De Eva Tupinambá

Toda gente corria de déu em déu
Fazendo golhofas e manganagens
E durante a parição, foi o macho mesmo
Que comprimindo o buxo
Fez traquinar a pequena Taína-cã

O cordão umbilical, foi-se nos dente mesmo
Nos peito a mão acolheu a tagarela
No preceito conforme, o pai lhe achatou o nariz
Depois bezuntado em urucum e jenipapo
Pra crescer sabida e sadia, iniciou o itamongavu

Na rede, o pai bravo caçador, convalesceu pra mais de dia
E nem uma brisa poderia pegar
Toda a tribo lhe encheu de mimos e especiarias
Se não for assim não, futuro inserto pra família sim
A junção com a mãe terra, a Vênus, carece de muito entendimento.